sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Caloira


Uma vida muito engracada pois e..


Rally das tascas e festas bem engracadas em que entre uma palavra e outra la vem uma possivel amizade no meio de tantas risadas e disparates xD


As aulas la vao comecando mas as tardes na tasquita do lado e passeios sao bem melhor xP


Eheh


Caloira ispiana :p

terça-feira, 9 de junho de 2009

Porquê?




gostava de ter um pouquinho de paz... tanta gente por ai abandonada, perdida entre sonhos e estradas desamparadas, guerras, crianças a morrer à fome, namoros destruídos por defeitos ou acções erradas, animais a sofrer e familias separadas. Quem tem a oportunidade de ser feliz parece não ter o proveito, são tantos os medos e as feridas de guerra deixadas e marcadas no presente, e ninguém sabe estancar as feridas que causa... o frio que mata a dor e com ela o nosso ser. Gostava de ter a sorte, pessoas que sabem estragar a beleza dum sentimento que alimentaram com outra pessoa e estabeleceram, pessoas que eram felizes com bons sentimentos e um deles resolveu destruir tudo por um defeitinho que insiste e teima a continuar... e depois magoa, desilude e estraga o que um ser humano tem de mais belo. Algo que demora tanto a ser construido e que pode desaparecer tão facilmente. As marcas ficam e impedem as feridas serem saradas... Na maior parte das vezes não sara e nunca mais da para voltar... termina para sempre, não se sabe ver as coisas?? Porque tantas confusões que vêem magoar? Porque fazer coisas erradas quando depois destroem e surge um arrependimento tardio e repete repete repete parece que não foi aprendida a lição? Mais vale não fazer, pensar umas quantas vezes e ser se inteligente com a razão e o coração juntos para não ferir nem destruir mais sentimentos belos que o ser humano pode ter mas teima em destruir... Mais vale ser-se Inteligente e Bom, chega de desgraças e egoísmos etc...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Coração de cigana.


Uma
imagem
vale
mais
que
mil
palavras
. . .

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Surpreendente.


Quando a vida é esperada de uma determinada maneira
e te troca as voltas,
e algo que te surpreende??
E, se por alguma razão não era bem o que desejavas?
Como ficas? Essa situação e complicada...

Quando pensas encontrar o Homem da tua Vida e pff tem a sua linda namorada?!
Ou quando estas num jardim gigante despida de preconceitos, selvagem e sentes-te tão saudável que poderias gritar isso pelo Mundo fora... e descobres que alguém que te e especial faleceu??
É surpreendente não é?
Talvez um desgosto tremendo!!

Também te podes sentir um monstro pela discussão com o velhote que se sente neste Mundo, que, por vezes é cruel e de repente os teus amigos te fazem uma surpresa maravilhosa!
Não é surpreendente?
E tu pensas "Bom demais para ser verdade.
Respiras e vês diante de ti um Mar enorme
estás num Paraíso, num sol intenso repleto de risos e beijos, de repente ligam-te do trabalho
a dizer "Foi despedida" e o Mundo parece jazer a teus pés..
É surpreendente não é?

Imagina agora que te sentes magoada com alguém e que quem te apoia te merece muito mais?
Ou que recebes um ramo de flores com um puro pedido de Perdão trazido pelo Passado?
Mais uma vez a vida te troca as voltas.
A Vida sempre imprevisível, brinca contigo,
por vezes é divertido, mas por vezes mata-te de desgosto!

Agora imagina... o teu dia correu mal e sentes-te a desistir de Tudo,
mas, de repente chega um improviso desse teu Destino e muda-te tudo
o tempo parece brilhar-te na mente, o vento quente de Agosto a correr-te de prazer e alguém te surpreende? De uma forma tão positiva e franca!
É surpreendente não é?
Demais... Se o dia te corre mal talvez te sejam trocadas as "voltas" mas se te corre bem...
Talvez te sejam trocadas as voltas!
E ai sorri, às vezes é uma brincadeira muito proveitosa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Desviado


A Luz não te renova,
o pudor que se entrelaça a ti,
agarra-te e em farpas cortantes parecem despedaçar o teu interior,
nada te e real.

Gritas pela forca, esse terror e tanto!
Abandonam-te, e tu olhas para a Vida,
escassa-te pelos dedos...que tardio foste ao te aperceberes,
não choras nem te moves.

A Vida passa-te completamente ao lado,
as recordações são chocantes,
o que te espera desespera-te,
cais inconsciente, leva-te da escuridão, sai desse caminho que ate hoje não tives-te coragem.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

St - Parte III


"Ao de longe ouvia-se o zumbido das ondas a rebentarem nas rochas, o vento quente que passava era tão bom sabia tão bem o momento que estava a passar, de mão em mão lá se ia pela estrada enferrujada, as roupas hippies naquela noite de Agosto tranquilizavam o ambiente reservado que existia, as corridas na praia e quando as almas foram trocadas no mar entre estrelas e areia tudo passou (...) a luz batia forte naquele sotão tão familiar que acomodava um ambiente secreto entre roupas velhas e brinquedos sujos e usados, olhava em redor na manta rasgada e os corpos suados abraçavam se entre festas e sono, mais um dia de felicidade, na relva as crianças brincavam e o grupo na praia passava horas infinitas e loucas, uma onda apanhada aqui outra ali, e por fim uma esplanada que tão bem que sabia as 7h da tarde um chocolate ou um suminho no meio das risadas, o jantar da avó e uma noite que acabava ora no bar mais cheio com muita diversão, ora na praia entre suspiros e devaneios, as estrelas estão para guardar as histórias"

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Piano


E a melodia não parava, eu sonhava o impossível entre nota e nota, devagarinho cada sorriso que se desprendia me encantava, a atenção era tanta, não ia falar, só sonhava, quando surgia uma parte agitada na melodia eu despertava do sonho que tinha e via a firmeza mas prazer com que fazias deslizar os dedos no velho piano. De quando em quando parecia que terminavas, eu assustava-me não queria que tivesse fim, a melodia soprava aos meus ouvidos num sossego e paz inexplicável não me cansava, depressa a calma voltava e a melodia tomava a suavidade e delicadeza que me fazia adormeçer, em cada som sentia uma promessa secreta que nunca chegaria a ser falada da forma directa, um acordo só nosso em que só o piano era testemunha do que se estava a passar naquela sala escura e doce em que as palavras se desenrolavam por melodias de cumplicidade. Cada beijo comprometido num silêncio rápido, de nota para nota. Um olhar profundo e desajeitado surgia na mente de forma rápida mas inesquecível, tal como a melodia que me fazia adormecer num sonho feliz, em que a noite calma e fria iluminava os dias mais escuros. O encanto que tinha fazia-me acreditar que tudo era possível e fecho os olhos entrego-me simplesmente à música e no que ela fizer decorrer.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dia-a-dia


Enquanto anoiteçe, enquanto o escuro regressa e arrefeçe os ares, lá estarei para ver e rever a minha história pessoal e a de quem me apeteçer, por um pensamento ou um profundo momento o que interessa é todo o tempo ser (bem) aproveitado da melhor forma.
Esteja só ou acompanhada quero pensar bem e não lamentar o passado, agora o meu espírito arrefeceu tal como a noite, e assim o meu raciocínio mais seguro e ciente do que eu quero, devo e mereço posso ver as coisas que se passaram (todas, sejam deste ano, de quando era uma criança ingénua ou até ontem) já aprendi a lição, cada dia se aprende um pouco mais, sempre com pessoas importantes por perto e força de vontade.
Todos nós temos maus momentos, conseguimos ultrapassá-los e quando isso acontece sentes-te o Ser humano mais livre, mais inteiro e em ligação para contigo próprio e com os outros. E isto sim é estar-se bem com a vida. Aprender com as nossas falhas e com o que tivemos de aguentar no passado e claro os momentos bons esses sempre retidos e nunca esquecidos, cada vez mais e mais acumulo-os e não os deixo fugir da minha alma, é la (também) o meu refúgio, nas minhas saudades e gostos. Quando a força tende a baixar os braços lá vou eu abrir os olhos e ver as coisas como são, aprender com a vida e cresceres mais e mais, viveres com quem amas e te ama quem te dá um sorriso quando te sentes perdido ou por um simples gesto de carinho e quem merece um sorriso um apoio e uma festa brutal essas pessoas são as que te valorizam e valorizas, mete de parte quem não é teu amigo e quem não merece o teu amor, amizade preocupação, e não caias em erros que te magoam mas sim torna-te forte e observa à tua volta o que na verdade é essencial e que dá prazer/gosto. Boas amizades, noites de estrelas, um contacto com a natureza, concretização de desejos, um piano a soprar cada nota melodiosa, superar cada merda que apareça não te deixes cair, simplesmente vive cada momento, agarra cada oportunidade, passa as dificuldades e está entre quem te faz feliz e fá-los felizes também. Obrigada a todos e a tudo :D

sábado, 25 de abril de 2009

Refúgio


No dia de hoje, em que a chuva é tão intensa, eu refugio-me no meu quarto a pensar no tempo que passou um ano e tal atrás, no quanto as coisas mudaram e no quão estranho tudo se transformou para mim. Uns continuaram outros desapareceram, mas por sua vez novos preencheram o vazio que os passados deixaram... Agora na janela não vejo a Estrela que na verdade é um planeta! Aliás não sinto o perfume que antes era o meu companheiro, com que adormecia e acordava, sempre com esse perfume presente, nada do antigamente me faz sentido, o peluche está sujo como o tempo ficou à medida que tudo se foi destruindo, agora o tempo frio até faz companhia às minhas saudades que tanto me custam a passar.
Tento de tudo mas não consigo o que anseio alcançar, vai aos poucos até chegar ao meu objectivo. Tantos caminhos que percorri que me baralharam e me fizeram perder tempo, tempo que podia ser gasto em utilidades, animais, amigos, trabalhos. Mas não, tinha de cair no erro para aprender. Bem, antes agora que mais tarde. E ainda bem que assim foi.
Aquela noite tão maravilhosa que dizia que fora a melhor da minha vida veio a ser no fim um pesadelo, com ele acordo às vezes com receio do que se puderá seguir, ou nego pedidos para me precaver do que uma vez me fizes-te, por vezes dou por mim a embarcar na história que me mudou a vida de vez. E eu dizia esta noite não me deixas, até que não deu mais, e agora os lamentos dispensáveis fazem-se ouvir nas paredes pálidas das casas, por cada paragem que passo e estradas que percorro, não esqueço o que se passou mas evito pensar, em cada sitio acompanhada que passo lá vem a má recordação à memória, até à porta da minha casa me consigo lembrar! És como um fantasma que teima em marcar presença na minha vida, se esse fantasma me levasse da memória a história para longe de mim eu agradecia... Mas esse fantasma recorda-me do que desejo esquecer, eu quero sossego, eu sei com o tempo tudo passa mas se calhar sou forte para umas coisas e esta possivelmente a força escapa ligeiramente. Eu sabia que estavas ao meu lado, que não me deixavas naquela noite fria, nem junto ao jardim , ou ao cemitério tão calmo, no descampado que resolvi acreditar, ser ingénua... voltar, acreditar num disparate que tão bem me arrependo e adorava não me arrepender, mas eu não mando assim tanto no meu caminho e dei um passo em falso, confiar para que? Pfffff... Acreditei nessas lágrimas de crocodilo e olha agora lágrimas deitei eu!
Não me deixes ir pensava eu, sonhos e mais sonhos, o ponteiro roubava o tempo que restava, tac-tac-tac, chegou ao fim queria que tudo parasse, desaparecesse e esquecer-me... Agora pedia que me deixasses ir mas é tarde, tenho de sentar-me ver o tempo a passar e com ele tudo levar. Não quero olhar mais para aquela Estrela, nem sentir esse perfume azedo que engana com a doçura exterior, igual a ti. As coisas boas ajudam-me a ultrapassar as más e quero-as para mim, não as esquecerei, as más me abriram os olhos e agora aprendi, o tempo vai-te levar o nome de mim, o perfume e o fantasma, a chuva vai-me trazer as boas lembranças e o vento afastar as negativas, até aparecer o Sol que me trará o que mereço, que sempre apareceu, umas vezes mais outras menos, daquela vez escapou, acontece a todos eu não sou excepcção.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Porque a verdade é que... existe :)


Estás fechado num mundo cinzento, teimas em cerrar os olhos com frieza, mas sentes algo de repente, um sentimento, uma onda de emoção, um enjoo ansioso no estômago e a curiosidade apodera-se de ti!! Abres os olhos e do nada viajas para uma realidade bem mais bela, repleta de sons, cores, sentimentos e sabores. Aquele medo volta-te à consciência mas tentas afastá-lo dos teus sonhos mesmo sabendo do que passas-te anteriormente e recriares voltar a sofrer, ao mínimo deslize deixas-te embalar e quando dás por ti estás bem presa(o) a uma relação que por muitas flores, beijos e praias mais tarde ou mais cedo se não for a certa (geralmente não é, salvo raras excepções - os sortudos felizardos que lhes desejo as maiores felicidades do Mundo!!) acabam em desilusões e depois lá vem o medo de te aventurares numa próxima... pensas nas mentiras que te fizeram mal, traições ou gritos, seja o que for que a ti te tenha calhado. Estou farta da merda que já me calhou e de ver amigos(as) a minha volta a queixarem-se do mesmo... Eu sou a favor de que não devemos desistir, que um dia nós também seremos as "excepções" , talvez até lá tenhamos de passar por muito, mas também se não passares nunca saberás, embora por outro lado eu veja... estar a sofrer e ainda voltar a embarcar numa aventura que de certeza vai dar a mesma treta? Mais vale nem pensar em facilitar.
Quantas pessoas vejo com nicks de desgostos amorosos, quantos telefonemas mais ao longo da vida terei de atender e saber que mais um dos meus se magoa com idiotas que os(as) desiludem?? Em vez de os fazerem a Mulher ou o Homem mais felizes deste Mundo?! E eu? quantas mais lágrimas também vou ter de largar por causa de parvalhões?? Será que o Ser Humano não sabe manter o sentimento mais Bonito, Ingénuo e Exótico que se pode ter nesta Vida? Estou tão exausta de ver casais "lights" que acabam e que se magoam, estou farta de acreditar numa coisa que parece ser perfeita no início e que passado uma semana, um mês, um Ano e tem um final triste... Até penso que mais valia não ter feito nada e ter ignorado, mas estúpida corri atrás de uma ilusão que agora me partiu em pedaços! Esperar por princepes encantados? Ou vampiros queridos e protectores? Então acho que é melhor esperar-se sentado enquanto não se acordar para a Vida... porque disso mesmo nos livros, ou quando te calha a Sorte grande, e não é todos os dias, por vezes perdes a chance e é tarde de mais... Mas o melhor mesmo é deixares as coisas irem se não resultar evita pensar em merdosos(as) e vais ver que é como se fosse uma vacina, uma lição da vida para não caíres no mesmo erro e acabarás por encontrar a pessoa certa (por mais difícil que seja) :) pelo menos é a minha opinião, não sei se ajuda, mas não te esqueças se te desiludiu então... Não Te Merece ;) Força!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Frases de Aristóteles.


"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição."


"A amizade perfeita apenas pode existir entre os bons."


"A coragem é a 1ª das qualidades humanas porque garante todas as outras."


"O egoísmo não é amor por nós próprios, mas uma desvairada paixão por nós próprios."


"Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa. Não é fácil."


"Que vantagem têm os mentirosos? A de não serem acreditados quando não dizem a verdade."


"Se está a nosso alcanço fazer,também está Não fazer."

By:Aristóteles.


domingo, 29 de março de 2009

Reflexões de tudo e de nada




E o tempo que custa a recuperar de um sonho em vão que não chegou a ser realizado por completo e só deixou questões impossíveis de contentar, rancor e pena dentro de nós.
Acontece a todos às vezes tem mesmo de ser, ((in)felizmente) mas a vida é mesmo assim.
Uma lição? Não sei bem, talvez... Na vida não ganhas nem perdes, evoluis com as tuas conquistas ou desilusões. Um conselho? Acreditar, correr por um sonho, seja lá qual for, mas não teimar naquilo que já se percebeu que não vale a pena e que só nos irá destruir a ideia, a vida, os planos, a nossa própria pessoa, sentimentos etc... não e necessário referir tudo, são milhares de coisas que existem e cada caso é um caso.
É tempo perdido lutar por um erro e pensar que é o correcto, mesmo quando prejudica os outros e a nós próprios.
É triste mas real estragar-se o mais perfeito na vida em mentiras correntes e discussões parvas que só causam conflitos e feridas que quanto mais profundas mais hipóteses existem em não sarar até que um dia... Acabou.
É lamentável prejudicar, humilhar e estereotipar quem não nos fez nada só para nos sentir-mos superiores, quando o que na verdade alimentas é uma insegurança e baixa auto-estima enorme.
A vida é tão simples e pode ser tão perfeita mas nós só sabemos pôr problemas e causar complicações...

Sente Só Camões!!!







Bom trabalho por parte de todos nós que juntos fizemos um espectáculo de Dança inesquecível!! Com muito Can Can , Contemporânea , Ballet , Cabaret , etc.. :)
Vou ter saudades :)

domingo, 8 de março de 2009

Almas abraçadas contra a morte


Porque nem tudo o que nós desejamos para a nossa vida é a nossa realidade, nem sempre os nossos sonhos se realizam.

Dias que marcam a vida da gente, que deixam as saudades e os desgostos que nos sabem paralisar no futuro e não nos permitem ser felizes. Olho a cidade que dorme junto ao Tejo iluminada pelas tantas luzes que sombrias aclaram as ruas, e lá no Bairro onde muitos afogam as mágoas por instantes, eu deambulo a olhar para o vazio que a minha vida se tornou com esperança que um azul me penetre. A chuva bate-me na cara e trás-me as lembranças que temo constantemente mas, que se arrastam ao longo dos dias, dos meses do ano.

Sei que um dia te lembrarás de tudo, das luzes ao fundo das ruas, por onde estrelas víamos e passos gastámos naquelas ruas, da estação aos autocarros, dos autocarros à estação e nas estradas, na areia que nos conhecia tão bem, naquela praia da Formo.. e dos waff.. que as recordações são capazes de matar. Quando estiveres na cama a olhar para o escuro que o quarto se tornou desde aquele Domingo viúvo, ou quando te lembrares das burrices que já fizes-te ao longo da vida (sem ofensa, (toda a gente as faz)) ou quando não tiveres mesmo ocupações nenhumas vejas que tudo o que tens andado a fazer foi para evitar pensares e sentires e talvez ai vejas que foi um engano e queiras voltar atrás, certamente será tarde de mais, pois fartei de ser um peluche nas tuas mãos que tremiam a cada mentira, a cada desgosto que sem dó fazias.

O sangue que me corre é substituto do que antes me escorria nas veias, que desapareceu tão fugazmente, tão sem piedade.

Se eu pudesse voltar atrás penso eu...mas certamente tudo seria seriamente igual! Das lágrimas que escorreram com tanto sentimento devia te-las guardado todas e um dia entregar-tas, pertencem-te, tu que me roubas-te a alma, o ar e largas-te no primeiro caixote onde juntas-te orgulho e fechas-te sem te lembrares que te era importante, tudo agora se tornou arrasador quase insustentável. Mas tenho de me resignar e com dignidade me levanto perante a tragédia, sei que Não Fui Eu que rompi o mais bonito que podia haver entre dois seres. Não fui, se morrer terei a consciência tranquila.

As coisas vulgares da vida não marcam, mas o que doí o que fora bom em tempos e cessou é que nos vale, faz-me sofrer agora mas um dia olhas para traz e reflectes nas cicatrizes que resolves-te orgulhosamente fazer sem reflectir, ai será tarde demais. Não me orgulho de o dizer, e com lamentos que o digo mas as verdades são ditas custem ou não não me importa, que importa agora? Nada, absolutamente nada, quando olho no espelho não me encontro, não está la nada, nem tu.

secaram as lágrimas e os pensamentos que mesmo permanentes nada posso fazer, deixar-me ir é o melhor, morrer não serve de nada só piora. Tenho medo. Por vezes dou por mim a pensar... e se eras tu? E se nunca mais encontrarei outrem? Mas depois vejo, se fosse isso mesmo não tinhas feito metade, nem nada teria terminado assim. O meu choro e de dor ajudam a desabafar mas não saram. Limitam-se a afogar as mágoas, como se faz com álcool.

Aquela poesia que eu tanto idolatrava e sonhava, que recebia, mas que não durou mais de uns meses, as rosas que escasseavam cada vez mais, as acções decentes desaparecidas, fácil de perceber que tudo se começava a arruinar, mas eu não queria acreditar e num barco deixámos levar, agora será mais difícil e temo que não tenha força para tanto sentimento, mas guerreira uma vez na vida nunca fez mal a ninguém tem de ser penso (suspiro). Palavras tuas sem cor, poesia falsa que me cantas-te?! Puf levas-te a relação como se de uma peça se tratasse. Mas não. Era a Vida Real. Mais tarde essa poesia revelou o que eu tanto temia, as desilusões, mentiras que surgiam, falsas acusações, substituições imperdoáveis e noites de terror, e as nossas almas, amantes, que se abraçavam contra a morte, eu perdi a minha alma se também perdes te a tua, então sei onde a encontrar... Fantasma nesta cidade olho à minha volta amores que sonhava, amores impossíveis e eu sem alma, despida invejo sem querer mal, mas continuo a sonhar com rosas e palavras sinceras, gestos e acções de louvar, um amor cheio de mar salgado e noites vigiadas pela Lua que amo, noites que agora me são fúnebres mas que anseio que sejam repletas de laços fortes e paz.

Talvez não seja contigo que estas ilusões tenham sido destinadas, mas para mim foram, não vou teimar mais num assunto que não dá por mais que eu deseje, mas o que tive contigo foi um suspiro do vento, olho para os 373 dias que nos ligaram e é com pesar que vejo que se num ano esse orgulho e ideias desreguladas não mudaram então jamais mudarão, se existissem Milagres e sinceramente ando a deixar de acreditar em tal coisa, aqui esta tudo, a desistir e a desabar diante da minha pessoa(zinha) que não tem onde se agarrar e perde fome, noites e alegrias que muito desapereçeram. Amei tanto os bons momentos, choro tanto esta morte, recuso este presente e futuro incerto, agarrei tudo com unhas e dentes, sangrei palavras e tentei tanto tanto, tudo em vão? Parece que sim, que desilusão...

Tenho quem me queira mas cega recuso, não me arrependo nada mais vale assim. Hoje nem uma carta, nem a tua alma encontrei à minha espera.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Sol


Esta a chegar o Verão e só me apetece ir à praia e correr num campo de papoilas!
Comer um gelado e sorrir a todos enquanto vejo o anoitecer a surgir no horizonte infinito de mar azul que brilha com o sol.
Quero correr agora mais que nunca no extenso areal e ganhar coragem para ir à água enquanto me bronzeio. Ver o pôr-do-Sol entre as nuvens e sentir aquela aragem fresquinha e poder falar com alguém animadamente.
Finalmente abro as janelas todas as manhãs e posso vislumbrar um Sol delicioso que guardo saudades desde que o tempo esfriou e congelou (eu adoro o tempo frio, com chuva e trovoada, mas já tinha saudades do Sol, admito ^^) sinto-me mais feliz nos dias de Sol, se calhar é só impressão minha, eu ora estou feliz ora estou "mal", a minha vida é tão imprevisível! Ufa! Apeteceu-me escrever isto antes de ir dormir... Amanhã...Sol!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Que Vergonha!!







Mas que vergonha é esta?!
Onde está a ética? Humanidade? Piedade, respeito, e Sanidade?
Como é possível um ser humano ter estas atitudes para com outro ser vivo? Que falta de sensibilidade, que coração tão cruel e vazio, que medo, não quero ver um ser "humano" destes à minha frente ainda sou atacada!!


-Este é o novo «desporto» do Canadá, e graças a ele vários animais morrem constantemente meramente... por diversão uau matar animais é muito divertido han??
Por favor que falta de inteligência...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Por momentos


Quero que te percas do teu mundo e abandones tudo, esqueças o teu ser físico, o teu ego e abras os braços para a chuva que te trespassa e se divide em pedaços brilhantes, escorrendo-te entre os poros e não mais penses, não te isoles mais, e respira, vá lá só por hoje...
Deixa esse riso soltar-se, grita se for preciso, desprende-te dos preconceitos e canta, chora, despe esse orgulho entediante e sê feliz nem que seja só por momentos, se esse teu feitio não to permite então permite-te de o esqueceres por momentos. Talvez aprendas algo novo, defeitos que se mudem e novas ideias te surgam, uma boa reflexão faz milagres a qualquer ser humano.
Mostra esses dentes brancos gastos pelo cigarro que te vicia, olha em teu redor a escuridão tão linda e misteriosa que te sabe acalmar e raciocinar, tira essa máscara má que teimas usar, pensa que se fosses natural e puro tudo seria uma verdadeira Vida e não uma simples vida como tantas outras, atrapalhadas, de sentimentos enganosos, falsos amigos, preocupações inúteis e falta de atenção a quem te adora... Deixa-te libertar, talvez no volumoso mar entre ondas encontres o verdadeiro segredo da Vida e percebas as coisas... A lua lá no alto risse de nós que despassarados erramos e caímos em problemas que não queremos concertar por teimosia.
Se reparares é tudo tão fácil e descomplicar é excelente mas o orgulho é um obstáculo complicado de ultrapassar que se nos depara e permite os dissabores da vida. Uhhh relaxa vá larga essa expressão rasca. Olha tão bom faz como eu, deita-te no extenso areal e em cima as estrelas que tantas respostas te dão, o mar acompanha a tua respiração, com ele vem os problemas e questões que resolves agora com calma, razão e amor, vês o certo e melhora tudo tão bem! Sentes a liberdade tão calma e entusiasmante? Hmm deixa a chuva envolver-te o corpo todo, saboreia o prazer que tens de mãos dadas contigo, directo na tua alma e na tua mente... Já sorris como é tudo tão perfeito assim não é? Agora aprende com o momento e leva a razão e calma com prazer para a tua vida diária e tudo se descomplica :)

Ausência


Quando sentes que tudo à tua volta te volta as costas, todos os sentimentos se confundem e tu só sentes senão dor, uma dor aguda que te perfura a cabeça sem piedade e te consome o corpo, te impede de gritar quando tens de aliviar a dor e mágoa, te cega de medo e tristeza, e na solidão encontras a oportunidade do segredo, da calma que te aprofunda ainda mais as más lembranças e os problemas, a escuridão me suga da alma toda a força e vivacidade que até então tinha, quando olhava pela janela do 53 com os amigos e ria, ria, gozava e julgava ter tudo controlado e nas mãos, mas, de repente o meu cantico, o meu sossego evapora e um sentimento vira outro e torna um sonho azul num pesadelo negro e sangrento que marca, não sara, a minha esperança já foi maior agora sinto-me caída num abismo sem trepar, as forças já não sobram nem tenho dedos, os dedos cortados a custo da dor, agora o sangue escorre-me e eu não o vou parar, não o vou impedir de me envolver, se for este o preço a pagar, seja para esquecer, para ser feliz ou para descansar sossegada, para uma eternidade desconhecida ou um simples profundo azul, estas lágrimas doem tanto, a dor que aperta arde me e queima-me. O espaço que agora vazio era preenchido pelo coração, agora comporta uma dúvida envolvida em misto sentimentos, saudades e sussurros de outros mundos.

O fogo dos olhos passaram a um verde amarelo seco e enevoado, as noites custam a passar e os ouvidos cheios, não cabe mais nada, sou incapaz de raciocinar, estou exausta e dividida de sentimentos, a razão de um lado perspicaz que tenta ver o que é bom para mim, e o coração bondoso, que perdoa puxa-me à razão mas que se unem e se separam, instantaneamente, a determinação, primeiro define-se mas na hora a seguir já muda o rumo, na sina que se desenha na mão, tudo continua confuso por se decidir, e a vida a escassear, os sonhos e desejos em vão, apodreceram com tanta merda que me foi feita, crueldade, orgulho, brutidão, falta de respeito, e eu olho para tudo isto, e indecentemente luto sem forças e com paixão que me carrega este fardo e me impede, lá está o coração a falar mais alto, mas desta vez, talvez seja a razão a ganhar, se não estariam unidos- coração e razão juntos num só, como sempre, na altura da sinceridade, do ar puro e da felicidade tão simples e delineada.

Se tiver um presente, já sei qual é...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Osj - Parte II




As folhas verdes e sedosas tapavam o sol indomável daquele Junho tão seco, tão positivo que tantas recordações doces trazia nos tempos em que eu usava um colar de margaridas que para mim era um colar feito de pérolas preciosas, já me encontrava novamente em Lisboa e as nuvens eram bem mais limpas e fugazes. Já não havia o vento amigo nem o sussurro das cigarravas que adormeciam nos meus sonhos. Longe daquelas praias imensas e escuras, de céu cinzento e relaxante, agora no coração pequeno que apertava tinha a oportunidade de vislumbrar um novo ambiente de flores brancas e canções alegres das quais me habituara, as borboletas que me encantavam naquelas tardes em que a floresta fazia parte de mim, as aulas de ballet lá continuavam, passo a passo a minha sapatilha aumentava de número e o meu loiro alterou, a minha cara mudou e de um olhar doce e infantil, algo mais austero se formou algo mais adolescente com sentimentos e problemas que ainda hoje penso, uns sorriu e brinco, outros lamento e digo..."se pudesse voltar atrás mudaria", mas, se voltasse atrás e tudo já estivesse ensinado não me prendia tanto e seria indiferente. Digo eu na minha ignorância de humaninha.

Na sala com a minha amiga onde me encontro oiço um violino com uma melodia fantástica... ela no seu piano errava na música mas sem desistir tentava e tentava. As festas e os desenhos alteraram, nos jardins vivi, e as lojas mudei. Os sonhos agrupavam-se e as composições de 4ºano que diziam "quero ser veterinária, actriz, ou pintora..." das músicas passei das Space Girls, para Nirvana e uma vastidão de gostos aumentou ao longo do percurso.

Os grupinhos irritantes formavam-se, nós de chocolate na mão lá corríamos no pátio, os brinquedos que roubavamos uns aos outros e as birras que nos levavam a brigas que causavam muitas negras e se repetiam. Na aula de música que tanto me prendia, o campo de terra onde as amizades desencadeavam por trambolhões...

Todas as manhãs o cheiro que vinha do ar e se espalhava nos pátios, cheiro que ainda agora o reconheço, nessa minha infância e pré adolescência até fui feliz. No refeitório a história de sempre, fugir do empregado que me obrigava a comer a sopa que era intragável. E, de rosto feliz os saltitos na corda, os castigos que tanto me eram impostos nas aulas por falar, quando ia para a rua era do melhor, lembro-me jogava ao berlinde e, e a memória não retêm tudo...

As roupas iam mudando e eu só queria cantar, a tabuada já era e agora ensinaram-me a andar de skate, um tal Pedro que me viu muitas vezes cair... E ria-se! As minhas amigas que de lá ficaram, as justas e verdadeiras sempre me acompanharam passaram 8 anos, e vejo bem as que realmente são amigas, Fi e Ve para começar e outras que sempre guardo no coração, por mais que nos separem sempre falamos e lá vem a lágrima solitária. O acampamento tão importante que nos juntou, seguiu-se outra que ainda hoje passamos dias juntas, mais louca e com ela aprendi uma coisa interessante, fomos a Inglaterra e mais uns para se juntar um grupo amigo que noites de cinema e jantares lá nos ligam em laços.

Claro, no meio uns amigos foram ouros vieram, mas os verdadeiros esses sempre permaneceram. Assim passou um pouco de mim. Que recordo e saboreio! A escola entretanto mudou e com ela o Novo nasceu, presente vivo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Texto-Liberdade


As nuvens lá fora ameaçam a reviravolta do tempo, este frio que se sente entre as malhas do casaco e o céu cinzento porém, o Sol abafa cada ar que me absorve, as folhas tombam das árvores que por sua vez rebolam pelo chão alcatifado de cimento gasto, por onde tantos seres do passado pisaram e que agora eu um ser mínimo ando com desprezo e distraidamente a olhar em meu redor em busca de seres idênticos a mim, que todos procuram alo forte, uma paz concebida em eternas horas ou um simples toque de ternura.

Já o dia finda e no céu o Sol trespassa as nuvens enchendo a felicidade no jardim, lá fora a concentração de seres atinge o passeio e em grupos se estendem na erva a "fazer" uma felicidade enganosa. Mas, que interessa isso? Desde que haja alegria tudo de bom então!

Tenho vontade de sair desta prisão, e deixar para trás o cheiro podre a madeira para sentir um cheiro leve a rosas, olho cansada para a janela e revejo os prédios velhos repetidamente. Já cumpri o meu castigo, mas conscientemente sei que não aprendi totalmente. Agora que vejo os dias que passaram e a hora que tende a cair no relógio, penso ingenuamente em saborear um gelado, refresca-me e voltaram depressa o tempo de felicidade, o Verão e o prazer do mar azul que me encanta com as suas lágrimas. O poeta de olhos azuis teima forçoso em cair e esfregar-se em cada janela, em cada face de raiva, de lamento, de paixão. O poeta devolve-me as saudades até que me adapto a ele, que me beija a testa e como festas desliza-me pela face rosada, com ele aprendo muito, e sei relaxar, uma sensação de feliz liberdade me protege , uma energia e uma paz de espírito tão pura e intensa...

E algo físico me provoca dor. Levanto-me tonta e deparo-me com a Liberdade!

Aquela vida que julguei perdida um dia, que não voltará igual mas diferente e agora melhor do que depender de mim.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Força


O que é bom já passou, e deixou um rasto de saudade, e falsas esperanças que não sei ultrapassar, quero capacitar-me da realidade que foge da minha alma, a ilusão é intensa, mais um dia passou, sem esquecer o passado, nos meus risos ainda sinto a tristeza que tento ignorar a todo o custo mas que não sara, é uma ferida aberta em constante renovação e não consigo vencê-la, este estado deplorável está-me a deixar chegar ao extremo.

Hoje resolvi deitar tudo para fora, aliviou por instantes, mas dei o primeiro passo e tudo se desfez ...

Depois do que hoje se falou, o que ouvi, o que se passou, nada disto foi merecido, só abri os olhos e vi que não era o que eu sonhei para mim, não ser faltada ao respeito, nem "gozada", não se fala assim nem se diz o que ouvi, e as coisas não podem ser assim, daqui só retiro que realmente não era o que eu desejava nem merecia. As coisas serão difíceis de ultrapassar, mas o erro não foi meu, o orgulho não foi defeito meu, vou olhar as estrelas a noite inteira e chorar até à ultima gota, mas depois de tudo passar acredito que aprendi uma lição e encontrarei Alguém que me respeite e valorize o verdadeiro sentido da Vida e os Sentimentos. Vou sobreviver e até me posso cortar, mas não voltarei a cair no mesmo erro, mostras-te um extremo de maldade que nunca acreditei ser possível. Vou ser forte talvez um dia admitas os erros de 6 e de Sábado etc, em vez de olhares para os meus olha para os teus que verás o erro, e não te esqueças que nao sou a única a avisar-te do orgulho que te consome. E sim não esqueço a rosa que nunca foi oferecida. Vou ter saudades, mas se não és tu, tudo passará.

Mereço melhor.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Na escola, nos dias bem passados.


Cheguei a casa, tudo tinha corrido tão bem na escola, o dia estava cinzento e nublado, o frio era pouco e as flores sorriam a cada passo que eu dava pela rua que me ligava a casa.
Sentia a minha cabeça leve e um sorriso a querer nascer dos meus lábios rosados.
Mais um dia bem passado, uma tarde de aulas com intervalos de descanso pelo meio, no bar a algazarra era contaminante de risos e um cheiro quente atraia o meu corpo que lá ia para a pequena instalação, os amigos estavam sentados nas mesas e eu apressava o passo e preparava-me para mais um momento de felicidade, uma amiga a lamentar-se do seu novo namorado que a tinha "magoado", um colega nosso a fazer todo o grupo rir, um toca viola, tão docemente, que sensação aquela melodia que encanta, mansa e que me fazia pensar em alguém, depois as cusquices vinham à baila do outro lado da mesa e pum! O toque irritante soava pela escola inteira e lá íamos nós para as aulas com uma cara de sofrimento que dava dó.
Encontrava-me agora a preparar o jantar, uma sopa mal aquecida e uma maça para terminar, os livros deitados à bruta na cama e o telémovel toca e eu atendo para mais uma conversa animada, de risotas e novas aventuras que prometo guardar segredo, uma amiga a falar, ou um melhor amigo a dizer parvoíces que me faziam rir!
As horas passam e alguém me vem mandar sms que me faziam acreditar na Felicidade um beijo de boa noite e mais um dia passado.

Sem comentários.


Isto chama-se crueldade.

Reacção



Não dá, dias e dias, uma semana passou, e nada tudo contra, tudo mal, um passado indefeso, débil e uma maldição de dia. Tudo deitado pelo chão, perdi tudo, a vida, a alma e acabou, sinto raiva e medo, tristeza e frustração, desgosto e falta de fome, de viver já não como, nem lágrimas já existem, o urso é meu e vai ser sempre, deixem-me acreditar nisso, não pode ser embora seja o que mais quero nesta vida, já não há febre nem dor, há um vácuo escuro e sangrento, a minha dor já não tem valor, não quero sofrer, felicidade vem por favor que nojo nem pareço eu, não sei que se passa, a estrela caiu.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Não tenho a certeza do que digo!


Nasce num dia inesquecível, sem dor, sem tristezas, o tempo passa e tudo forma uma história emocionante e louca.
A chuva escorre pela vitrina, o vento sopra com exaustão, os raios reflectem-se no vidro, o Sol acaricia todo esse pequeno espaço, e a Lua sorri melancolicamente. Mas tudo permanece igual, puramente e intacto, como uma pedra filosofal, um segredo guardado até ao dia em que tudo quebra e o que no inicio era impensável se tornou realidade... A não ser que esse fim não seja o verdadeiro e com as voltas da vida quem sabe... caso contrário sofre tudo e sente tudo com tristeza e quando tiveres chorado tudo, ergue a cabeça e os dias lindos que te esperam, e quem sabe tudo melhore, tudo volte, tudo muda.
Leva o beijo no coração, e o fim na mente, pensa no que será melhor, luta, reflecte sempre...

Consciência vs inconsciência

Porque tudo o que magoa deixa um rasto de recordação dolorosa, e o que faz dor, faz ferida e deixa sempre uma cicatriz, uma nódoa negra, uma lágrima ou um simples suspiro...
Encostada à janela observo o céu negro, e tenho a noção da desgraça que me embala, tudo foi perfeito de mais no inicio, o mar a bater nas rochas, o Sol da Primavera, a floresta escondida, o caminho de terra que guarda umas pisadas apaixonadas, corro pelo campo de papoilas em busca da esperança que morre que termina, quero olhar nos olhos e ver a verdade.

Tudo mudou e apagou, eu sinto o mistério a absorver os sonhos e os cortes rasgam com dor, as atitudes fazem o fim por vezes mas há que lembrar que a esperança perdura, eu... eu vou sobrevivendo, os olhos seguros nas nuvens cinzentas, o vento a arrastar o meu ser para o caminho de estrelas, a vida é mesmo assim ora tudo está bem, ora estamos numa terra solta que desaba, tudo me desaparece eu tento agarrar-me às trevas mas nem elas me choram, impiedosas deixam-me aprofundar num infinito mar de sentimentos confusos, de receios e desejos perdidos, de sonhos naufragados, tenho de enfrentar tudo isto essa é que é a verdade e dou por mim a pensar porque é que basta uma palavra para tudo se estragar, tudo o que nos faz feliz num instante no segundo desaparece. E tento encontrar a resposta na alma que não é minha, porque já nem sei o que é isso.

Quero uma flor, só peço isso uma flor! Não quero mais isto, vou fingir que tudo está bem, ser forte, um dia tudo terminará e ficará tudo bem, ou tudo mudará e vou-me adaptar, eu sei. Agora por favor a flor.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Mudanças

Quero cantar à chuva, e sentir cada gota como uma lágrima minha doce e suave que tanto prazer dá. Tenho saudades dos raios de sol exaustivos, das nuvens de algodão doce que na praia observo melancolicamente, imaginando formas e sonhos.
Envolver-me no mar brando, e perdida nos sorrisos que me abstraem das preocupações que não me afectam, deitar-me na areia macia que de noite me acaricia o corpo e me prende sem esforço. O som da viola que esvoaça pelo ar e sobressalta os corações vazios que vão de vento em vento com tristeza e a alegria de muitos, desejo deitar-me naquelas mesas de pedra e encostar a cabeça a alguém podendo gritar de alivio com o sol por cima a felicitar-me de viver num mundo tão belo e ao mesmo tempo que se destrói, desgraçadamente!

Quero sentir o perfume das flores e receber uma rosa negra num dia de chuva, aquecer-me com ternura num abraço, rir desalmadamente no jardim fora de mim, e chorar no peito quente e protector, sinto quase um beijo no meu rosto e com o esplendor da amizade que existe em tantos seres sinto-me em harmonia com a Lua e com o Sol, a Natureza que eu quero afogar na minha alma e retenho numa folha de papel que escrevo à luz da Lua Cheia que me acode nos momentos mais difíceis da minha existência.

Quero, preciso tanto de sentir o mar salgado a agarrar-me o corpo e me prender. Sentir o sal no meu cabelo e rebolar num campo de malmequeres cheio de sol e borboletas a esvoaçarem num rosto autêntico, quero olhar para trás e pensar que... O pesadelo terminou ou não passou de uma alucinação.

O filme lamechas passa na televisão e eu agarro-me à almofada de seda a comer chocolate, hum... tão bom!

As pequenas coisas da vida são fantásticas. Eu sei que ainda pouco sofri nesta vida, o meu Destino lá se vai cruzando por caras feias e moribundas ou com sorrisos inocentes, mas felizmente cá percorro este caminho das estrelas com amigos e a chorar não vale a pena, mas ajuda muito, quero que me levem daqui e voe para além de tudo isto, virar as costas ao passado não vale a pena, mas sim sorrir abertamente com o que vivi, e não lamento só agradeço, aprendi muito e utilizarei o que aprendi para o meu futuro, mas realmente o presente será vivido e é tão bom poder agarrá-lo com as duas mãos, absorvendo o que me faz sorrir e o que me faz sofrer, viver com força e sobreviver, o que correr mal terá de ser superado, mas que lindo dia o que eu sonho esta noite de mãos dadas e com uma chuva rebelde que me mantém acordada. Quero sentir tudo, a brisa do mar, a saudade que me faz querer voltar e o beijo quente de uma noite. Quero correr pelo areal e cantar ao desconhecido o que eu sonho e mais amo nesta vida.

Adeus - Eugénio de Andrade

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas em
esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de tinão há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.


Adeus.